terça-feira, 11 de março de 2008

O vale de Elah

Antes de mais aproveito para dizer que fui ver este filme numa sala VIP recentemente aberta no nortshopping, estou habituada a que a sala vip em nada se diferencie das salas normais à excepção do preço do bilhete, contudo desta vez foi de facto diferente. Aconselho vivamente esta nova sala, em que as cadeiras são confortáveis “poltronas” de descanso com direito a reclinar as costas e apoio para os pés, tem também umas mesinhas para colocar baldes de pipocas (uma vez mais aproveito para salientar a desconsideração moral de se comer numa sala em que se passa um filme a considerada sétima arte).
Em relação ao filme (afinal isto é uma critica de cinema) gostei bastante dele. Realizado por Paul Haggis, com Tommy Lee Jones como principal actor. A história do filme, apesar de não ser comum, tem uma evolução narrativa já conhecida em que são apresentados vários suspeitos quando no remate nenhum deles é responsável e nos é apresentado um culpado completamente diferente do que até ai se fazia prever. Em relação a isto no fim do filme o meu pai que me havia acompanhado perguntou-me “mas afinal quem é que o matou?”, daí deduzo de que para algumas pessoas todo este enredo americanamente complicado seja de difícil compreensão. A níveis técnicos acho que está bem conseguido pois não encontrei nenhum erro evidente por isso grandes erros imagino eu não hajam ou ter-me-ia apercebido. Em relação ao personagem interpretado por Tommy Lee Jones (Hank Deerfield) demonstra um carácter afectado pela guerra não seja até que ponto realista (não conheço pessoas assim) mas às vezes dá uma noção de demasiada despersonalização, oferecendo uma estranha mistura de sensações ao espectador, por um lado não há uma fácil identificação com o personagem, por outro temos pena da sua situação e compreendemos a dor sentida à sua maneira. No final de contas achei que era um bom filme e dadas as comunidades da sala se ninguém adormeceu (que eu tenha visto) é sinal de que mau seria um péssimo termo a oferecer-lhe. Em relação à minha opinião pessoal não é o meu género e ainda assim gostei…

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